domingo, 1 de junho de 2014

Capitulo 10


Depois de quase uma hora procurando por todas as coisas necessárias para o jantar de família, estávamos finalmente a caminho de casa.

Eu não fazia ideia de como podia ser divertido ver a forma como as crianças lidam uma com a outra ou até mesmo lidam em conjunto quando alguma coisa não as agrada.

Como no momento em que a Vanessa encheu o carrinho de legumes e frutas. 
Tanto a minha pequena como o Damon se revoltaram e começaram a argumentar com a Vanessa dizendo que se todos aqueles legumes fossem não haveria espaço para colocar todas as coisas boas que eles gostavam.  

Foi engraçado ver as caretas das crianças sempre que a Vanessa contra argumentava tudo o que eles diziam. É como o perfeito cenário de uma família feliz.

Nesse momento tudo o que eu podia ver era como desde que a Vanessa entrou na minha vida as coisas tem acontecido numa velocidade deliciosa.

A forma como eu foi capaz de deixar de lado por vários minutos o trabalho só para vir a um mercado. A forma como eu aprendi mais sobre a minha filha só a observando enquanto ela olhava e argumentava com a Vanessa sobre um alimento que ela gostava.

Eu não fazia a menor ideia que a minha pequena filha gostava de tudo o que era roxo. Menos os legumes é claro.

Coisas como esta me faziam ver o quanto eu venho perdendo desde que eu me afastei só porque o trabalho estava exigindo demais de mim.

A quantidade de vezes que eu deixei de brincar, conversas e até mesmo de passar um dia com a minha filha só porque eu tinha uma cirurgia ou até mesmo  um plantão para fazer?

Como eu pode mudar tanto, ficar tanto tempo e até mesmo ser tão egoísta ao ponto de deixar tudo o que eu tinha em casa pelo trabalho?

Agora ao olhar através do retrovisor do meu carro eu podia ver a felicidade em cada gargalhada, em cada sorriso e a cada gesto que ela fazia enquanto a Vanessa falava com ela ou até mesmo quando Damon fazia um comentário infantil sobre um desenho animado que eles tinham em comum.

Eu podia sentir neste momento o meu peito se enchendo de felicidade e esperança para um futuro melhor só de olhar toda essa felicidade que me rodeava.

De todas as vezes  que eu tentei achar a pessoa certa para trazer tudo isso para a minha vida e para a vida da minha pequena filha…

Parece que finalmente eu acertei!

Ao olhar para o rosto perfeito da Vanessa eu sei que finalmente acertei. A mulher perfeita que sabe o que quer, que sabe me fazer feliz somente ao sorrir para mim, a mulher que sabe lidar com os problemas sem se deixar ir a baixo, uma mulher forte e com ideais quase iguais aos meus e que sabe o que é ser feliz.

A mulher desenhada á minha imagem.

A minha mulher!

[…]

Eu não sei o porque de eu estar me sentindo tão nervoso neste momento. Eu posso sentir cada nervo do meu corpo suando a cada minuto que passa e a hora da minha família chegar.

Não como se eu nunca tivesse apresentado uma namorada á minha família. O problema é a minha família.

Tudo bem eu não sou uma pessoa muito normal, afinal eu comparo minha recém formada família a um comercial de margarina, mas os meus irmãos e cunhadas conseguem ser mil vezes pior que eu.

Por exemplo, a primeira vez que eu levei a minha namorada a casa meu irmão decidiu se vestir “adequadamente” para esse momento. Moral da historia? Meu irmão apareceu vestido de Elvis só que com um toque mais moderno.

Deus foi uma humilhação total naquele dia. Duas semanas depois a menina me deu um pé na bunda. Foi a primeira que me partiu o coração. Ou quase.

Tirando o dia em que minha mãe apareceu na escola depois de receber uma chamada do diretor e me agarrou enchendo meu rosto de beijos. Eu tinha acabado de completar 17 anos e ganho a minha bolsa de estudos para a faculdade de medicina em Washington.

Fala serio ela podia ter feito isso em casa. Mas não ela fez na frente de todo o mundo. Moral da história? Apelidinho filha da puta que me deram. Quero nem lembrar!

Agora é ou não é motivo para sentir medo do que vai acontecer essa noite?

- Hey esta tudo bem? – A voz baixa e doce da Vanessa me fez erguer a cabeça e olhar em sua direção.

Ela estava perfeitamente encostada ao batente da porta do meu quarto vestida numa calça jeans claras, uma blusa preta um pouco larga com um desenho animado qualquer da moda desenhado e um par de ténis pretas também.

Simples mas linda.

- Só um pouco assustado com o resultado desse noite. – Resmunguei enquanto terminava de atar os cardaços dos meus ténis. – Eles não são muito normais em dia de família por isso por favor se você achar que é demais apenas me avise sim?  – Alertei olhando em seu rosto.

Ela mantinha um sorrisinho tímido e irónico no canto da boca enquanto caminhava deliciosamente devagar na minha direção.

- O que você diria se eu contasse a você que eu já conheço a sua família?


Como é? 

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Olá meninas!! Depois de um tempo desaparecida po aqui voltei para mais um capitulo! Ele ja estava quase pronto mas a falta de pc e tempo nao estava dando para postar. 

Espero que tenham gostado!
Beijos e ate mais 

2 comentários:

  1. aiiii mega feliz que u voltou a postar =D
    o capítulo tá perfeito,lindo *-*
    posta mais,kisses

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  2. Ainda bem que você voltou a postar.
    Amei demais o capítulo.
    Eles são realmente uma linda família.
    Acho que esse jantar vai ser no mínimo engraçado.
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    Bjos

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